Em primeiro ato de oposição, o peemedebista criticou movimento encampado por Camilo Santana pela volta do tributo
Candidato derrotado por Camilo Santana na disputa pelo governo do Ceará, o senador Eunício Oliveira (PMDB)criticou nesta terça-feira, 2, movimento encampado pelo petista para a volta da CPMF(Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). Segundo o peemedebista, que promete agir contra a proposta, o tributo é um dos “piores impostos que existe”.
“A CPMF é um dos piores impostos que existe, é perverso, pois atinge inclusive a população mais pobre, hoje em dia praticamente todo mundo precisa usar de serviços bancários. Além disso, quando atinge todas as operações financeiras, é inflacionário uma vez que vai parar no custo das empresas e das mercadorias”, diz.
Eunício diz que, enquanto ele for líder do PMDB no Senado, a população “pode ficar tranqüila” que “não haverá” volta do tributo. Para melhorar situação fiscal, o peemedebista defende austeridade e prioridade nos gastos públicos, além do controle sobre desperdícios. “Aumentar imposto é a solução mais fácil, difícil é cuidar do dinheiro dos trabalhadores”, diz.
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Contribuição extinto
Imposto que vigorou entre 1994 até 2007, a CPMF era cobrada automaticamente sobre quaisquer transações bancárias. Após sucessivas prorrogações, o tributo deixou de ser cobrado em 2007, após ter novo adiamento rejeitado pelo Senado. Agora, governadores petistas do Nordeste estariam articulando “ressuscitar” o tributo, de olho em aumentar financiamento da Saúde.
Em reunião com Dilma em Fortaleza na última sexta-feira, 28, Camilo Santana (CE), Rui Costa (BA) e Wellington Dias (PI) apresentaram proposta de articulação pela volta do imposto à gestora. A ideia é levar a ação para encontro de governadores do Nordeste ainda neste mês.
Deputados cearenses
Articulação para a volta da CPMF também motivou debates no Legislativo estadual. "Vejo essa mobilização como promissora, importante e positiva para nós que queremos uma saúde pública melhor", disse Lula Morais (PCdoB). Apesar de defender importância dos gastos na Saúde, Carlomano Marques (PMDB) disse que "metade do problema" na área é de má gestão dos recursos disponíveis.
Ele disse que volta do imposto seria "extorquir a população". Já o deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB) afirmou que a volta da CMPF seria agir "na contramão" do interesse da população.
Redação O POVO Onlin
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