sexta-feira, 3 de julho de 2015

De 1964 a 1985: A ditadura militar brasileira vista pelo cinema. Confira a programação de 06 a 31 de julho.

Auditório Adalberto Vamozi, SESC CRATO

CINEMARANA – A sessão de cinema de primeira, sempre às segundas.

06/07 - O DIA QUE DUROU 21 ANOS (Dir. Camilo Tavares, Brasil, 2012, 77min)
Utilizando documentos secretos da CIA e áudios originais da Casa Branca, o documentário mostra como presidentes norte-americanos articularam o plano civil e militar para derrubar o presidente brasileiro João Goulart. De 1964 a 1985, o governo militar violou os direitos civis e instalou um regime ditatorial, com graves consequências para toda a América Latina.


13/07 - HOJE (Dir. Tata Amaral, Brasil, 2011, 90min)
Ex-militante política recebe indenização do governo brasileiro pelo desaparecimento do marido, vítima da repressão desencadeada pela ditadura militar brasileira (1964-1985).


20/07 - DIÁRIO DE UMA BUSCA (Dir. Flávia castro, Brasil/França, 2010, 108min)
Uma espécie de diário de viagem de Celso Afonso de Castro, que teve uma vida de militâncias e fugas no período da ditadura militar.


27/07 - O CIDADÃO BOILESEN (Dir. Chaim Litewski, Brasil, 2009, 92min)
Um capítulo sempre subterrâneo dos anos de chumbo no Brasil, o financiamento da repressão violenta à luta armada por grandes empresários, ganha contornos mais precisos neste perfil daquele que foi considerado o mais notório deles. As ligações de Henning Albert Boilesen (1916-1971), presidente do grupo Ultra, com a ditadura militar, sua participação na criação da temível Oban – Operação Bandeirantes – e acusações de que assistiria voluntariamente a sessões de tortura emergem de diversos depoimentos de personagens daquela época.


03/08 - DOM HELDER CÂMARA – O SANTO REBELDE (Dir. Erika Bauer, Brasil, 73min, 2004)
Documentário que revisita os pensamentos de Dom Helder Câmara, arcebispo emérito de Olinda e Recife. Mostra sua atuação como figura central da ala progressista da Igreja Católica, na década de 1950, quando participou da criação da CNBB (Conferência Nacional de Bispos do Brasil) e do CELAM (Conselho Episcopal Latino-americano) e também sua atividade durante a ditadura militar, quando se envolveu profundamente com as comunidades eclesiais de base e viu a citação a seu nome ser proibida em todo o território nacional.

10/08 - MARIGHELA (Dir. Isa Grinspum Ferraz, Brasil, 2011, 100min)
História do líder comunista e parlamentar Carlos Marighella, que foi vitima de prisões e torturas. Ele, que é o autor do Manual do Guerrilheiro Urbano, foi considerado o inimigo número um da ditadura militar.


17/08 - QUE BOM TE VER VIVA (Dir. Lúcia Murat, Brasil, 1989, 95min)
Duas décadas depois, oito ex-presas políticas falam sobre a luta e a tortura vividas durante o regime militar brasileiro e a experiência de ter sobrevivido. Entre os depoimentos, delírios e confissões de uma personagem anônima, que reflete sobre o peso de ter sobrevivo lúcida às torturas.


24/08 - CABRA MARCADO PARA MORRER (Dir. Eduardo Coutinho, Brasil, 1984, 119min)
Em 1964, o CPC da UNE inicia um filme sobre a vida de João Pedro Teixeira, líder da Liga Camponesa de Sapé (PB), assassinado por latifundiários, que inclui uma reconstituição ficcional do evento político que levou a sua morte. A viúva de João Pedro, Elizabeth, e outros camponeses participam das filmagens. Mas os trabalhos são interrompidos por conta do golpe militar. 17 anos depois, Coutinho retoma o projeto e vai atrás dos personagens, encontrando Elizabeth na clandestinidade e sem contato com muitos de seus filhos.

31/08 - A MEMÓRIA QUE ME CONTAM (Dir. Lúcia Murat, Brasil, 2012, 95min)
Grupo de amigos que resistiu à ditadura militar se reencontra e reavalia o passado, quando Ana, uma deles está morrendo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário